Lar Doce Lar

Pensar em todos os detalhes da minha nova casa velha tem me tomado mais tempo que eu tenha um dia imaginado.

Os detalhes das paredes, das superfícies, dos materiais, as restaurações de partes antigas, tudo com nova vida e com novas maneiras de uso. Não errar e o desafio de pensar e arquitetar os cantinhos e fazê-los usuais, num projeto limpo e o mais aberto que a estrutura possa permitir,  para aí sim desenhar minha decoração…essa é a ideia, um lugar simples.
Esse exercício diário alimenta o vício de construção e decoração que existe dentro de mim, aprendo e perturbo o construtor e sua equipe o tempo todo, quero entender o porquê de cada coisa e onde está, e onde vai ficar, e como vai acontecer e tudo, simplesmente tudo, quero ver o que está sendo concretado debaixo de cada parede e em cada chão, hoje nas paredes sendo acabadas tem escrito meu telefone, como que um disk emergência, que ao sinal de qualquer dúvida ou decisão, corro lá de sirene ligada para atender e entender o passo a passo da edificação.
Sou chata, admito, exigente e teimosa também, qualidades que herdei e aprimorei com os 3.9 que percorri até agora… então à exatos 3 meses de obra nos entendemos de uma maneira meio torta, eles fazem eu aprendo e especulo, não sei o nome de nada, como sempre, eu aprendi novas nomenclaturas e eles a me entender do jeito que sou. Levo tudo desenhado, explicado, medido e requadrado, tenho minhas explicações na ponta da língua e de maneira didática, desenho nas paredes, escrevo em polegadas e nivelo cada detalhe que eles resistem mas aceitam, não sou engenheira nem arquiteta, deixo bem claro, mas descobrir algumas habilidades tem me deixado feliz.
Tenho alimentado também meu vício por listas, elas são constantes e imensas e hoje são totalmente organizadas e por mais que pareça transtorno têm colocado minha obra em ordem.
Minha casa acima de tudo tem que me atrair, não precisa ser imensa, nem cara, nem tecnológica, tem que ter o que eu preciso, o que me relaxa e me faz sentir eu, quero uma relação de amor, sentir saudades, saber que ela me espera, me acolhe… e chegar, chegar em casa… me sentir abraçada e protegida, dos intempéries, da vida lá fora, das pessoas, sim, das pessoas também. Certa vez aprendi o quanto devemos temer pessoas, não as de um modo geral, nem aquelas que não te agradam ou não temos relacionamentos, mas sim àquelas que te abraçam, com o caloroso e aconchegante abraço de sucuri, que aos poucos aperta e sufoca sem deixar outra opção à presa, a não ser morrer. Pois é mais fácil escapar de um tapa do que de um abraço, não é? Depois que aprendi isso, passei a pensar e a me distanciar desses abraços envolventes, e ter minha casa como refúgio anti stress, não há preço que pague essa paz. Ali vou ser eu de verdade, na minha plenitude, contar meus segredos e saber que eles estão guardados nas paredes que eu desenhei.

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Essa é a casa que está saindo dos meus desenhos secretos que a tanto tempo tenho sonhado!

6 comentários em “Lar Doce Lar”

  1. Que legal Dani cuidar e deixar a nossa casinha com a nossa cara é um exercício diário. Mas que sempre compensa parabéns pela nova casa. Estou curiosa para vê-la pronta bjs.

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  2. Oi Dani,adorei o post. 🙂
    É tão legal e empolgante quando construimos a tão sonhada casa.Eu já passei por isso e agora depois de 5 anos estou querendo me mudar para um apartamento ou quem sabe uma casa menor e simples.
    Felicidades na nova casa.
    Beijos

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  3. Olá, Daniela! Adoro casas! Amo mais ainda aquelas que a gente faz do nosso jeito. A minha é assim, na verdade fiz do jeito que deu, não exatamente como sonhei, mas do meu jeito. É trabalhoso mas compensador. Que legal que você está tendo a oportunidade de fazer sua casa do seu jeito! Paciência é a palavra de ordem! Principalmente na fase final da obra… Espero ver o resultado.
    Beijo
    Estela
    http://querendoserblogueira.blogspot.com.br

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  4. oi Dani

    Eu ainda não tinha entendido que estais reconstruindo a tua própria casa. Ah eu amo uma reforma, reformei a minha algumas vezes. Nunca td de uma vez só. Só vou sair daqui para o apê porque é um sonho do marido, ta na hora de me deixar levar, rs
    SEi o qto é difícil passar por isso, parece q nunca acaba. Mas no final tudo compensa muito, ainda bem q vc está curtindo essa fase. MInha vizinha não aguentou a pressão e foi viajar pra casa da sua irmã nos Estados Unidos e entregou na mão de um filho a lida com o empreiteiro.
    Muito sério o que vc falou dos abraços, mas faz parte da vida, do nosso aprendizado não é mesmo? ao menos se vc sabe reconhcer o tipo de abraço já é mta coisa.

    bjo querida, adorei visitar tua obra, hehe
    ana

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  5. Oi Dani que saudades que eu tava desse cantinho aconchegante…cada vez mais aumenta minha admiração por voce
    Nossa casa , nosso cantinho, nosso lar realmente e especial,se não encontrarmos essa paz em casa não conseguimos ser feliz em lugar nenhum…Quanto ao abraço de SUCURI, eu sempre digo que prefiro as pessoas que mostram de verdade o que é e a que vieram essas são muito mais fácil de lidar….bjo no core♥….kkkk
    Fico “barbie na caixa” com sua disposição e alegria…é contagiante
    I love you….ah pode publicar viu….tô nem aí…..agora sou vida loka….kkkkkk

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